terça-feira, 2 de março de 2010

Documentário: Ilha das Flores



O documentário mostra, justamente, o que acontece em decorrência do grande “mandante” do mundo atual: o Capitalismo e suas ações.

A exemplo do ciclo do tomate, que percorre desde a sua produção, na propriedade de um japonês, até o consumo por seres humanos sem dinheiro, que só conseguem comê-los, depois de várias seleções, sendo a última o alimento de porcos – o que não serve para a alimentação dos porcos, são disponibilizados aos pobres, que têm apenas 5 minutos para recolherem o que puderem e, só então, adentrar na propriedade outro grupo de miseráveis famintos.

Não temos dúvida que o consumismo assola as mentes da população mundial atual. Em tudo o que se precisa, mesmo que sejam coisas fúteis, pratica-se o consumo, conseqüentemente, estamos alimentando o Capitalismo.

Nós temos que comprar nosso alimento, roupas, comprar educação, comprar saúde, tudo isso! Mas daí surgem outros consumos que o ser humano, talvez alienado pelo enorme “esquema” dos grandes detentores do capital mundial, elege como sendo essencial para suas vidas. Cito automóveis, tênis de marca, roupas caras, aparelhos eletrônicos de última geração, enfim, tudo o que a mídia veicula como o que há de mais novo e moderno no mercado internacional.

Só que, enquanto tem gente que tem condições de pensar em comprar isso ou aquilo, tem outras que tem de passar pelas seleções de comida, e só podem comer depois que os porcos rejeitarem aqueles alimentos. Quantas pessoas não têm o que pôr no fogo por vários dias? Quantas pessoas nunca comeram uma comida boa, presente em várias das mesas da população mundial, a não ser se for sobra destes?

Esta é uma grande questão filosófica e sociológica, um tanto quanto complicada. Mas a população tem de abrir mais a mente para estes necessitados e, ao invés de investir tanto no que é desprezível, pode ajudar os miseráveis necessitados a pelo menos ter o que comer, nem que seja uma comida “ralé”, mas ter o que comer.

Se cada um fizer sua parte, com certeza o mundo mudará um pouco. E aqueles que ficam felizes em comer restos de alimentos, que são rejeitados até pelos porcos, com certeza ficarão felizes em comer algo mais decente. E o nosso capitalismo perderá um pouco do seu brilho mundial, e dará um pouco de espaço para as deficiências sociais do nosso planeta, para que seus habitantes abram seus olhos e mentes para o que realmente merece atenção e um pouco do seu dinheiro.


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