terça-feira, 2 de março de 2010

Direito de Consumo


Com a onda de consumismo existente no mundo inteiro, as pessoas se interessam cada vez mais em obter produtos, que são objetos da "beleza", do moderno, do atual. Muitos deixam de comprar algo mais necessário para que, no fim do mês, tenha aquele dinheirinho referente à parcela do celular novo com câmera, do tênis da marca mais vendida em todo o mundo, da blusa mais fashion da loja, etc. Como ponto positivo, aumenta o interesse por um emprego, visando, também, o dinheiro pra pagar a prestação.
Acompanhando essa evolução no mercado mundial, o crime também se beneficia com tudo isso, baixando um pouco a vontade do consumidor em ter o produto desejado caro e bonito: é cada vez mais freqüente o medo de as pessoas saírem de casa com seu celular moderno, com seu tênis "massa", com sua blusa nova ou até mesmo com sua carteira; isto por causa dos crescentes assaltos, de mão-armada ou na própria "cara-de-pau", nos quais os ladrões saem rindo da sua cara e com seus objetos de consumo que, na maioria das vezes, nem pagos estavam.
Com tudo isso, resta fazer a nós, consumidores e trabalhadores que procuram honrar seus compromissos: mesmo com essa onda de modismo / consumismo, podemos ter o direito de ter o que queremos ou achamos legal? Esta pergunta tem se tornado freqüente desde debates intelectuais nas TV's ou até em conversas nas rodas de amigos.
Diante disso, o que podemos fazer? Continuar comprando e guardando em casa, sem direito de usufruir? Parar de consumir, mesmo tendo a vontade ou necessidade de determinado produto?
A criminalidade no nosso país vem como uma onda avassaladora que parece não mais ter fim nem controle, muitos apostam na educação como solução, outros na melhor distribuição de renda, mas nada é feito por parte das autoridades para que a situação encare dias melhores. Temos que cobrar de quem colocamos no poder, mas uma cobrança que também apresente soluções, visto que o crime e a violência são problemas vindos de muito tempo e de difícil solução. A mais aparente seria uma revisão no nosso atrasado e ultrapassado Código Penal, que poderia surtir algum efeito na questão.
Dada uma possível solução, o que não dá mais é continuar a perder o que temos, que, às vezes, conseguimos com muito esforço, para ladrões que acostumaram a ganhar a vida em um caminho que nunca deveria ter surgido. Esperamos, então, "voltar" a ter o direito ao consumo!



Harisson Barros Henriques
04/12/2006

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